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Estudante de medicina brasileira é assassinada por companheiro adolescente na Bolívia

Autoridades bolivianas afirmam que Jenife Silva mantinha relações com o jovem de 16 anos, que se entregou à polícia e alegou que a vítima sofreu um mal súbito durante o ato sexual.
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Jenife Silva, brasileira de 36 anos e natural de Santana, no Amapá, foi assassinada por um adolescente de 16 anos na Bolívia, onde, segundo as autoridades locais, ela mantinha relações sexuais, conforme informado pela mídia local.

A estudante de medicina foi encontrada morta em seu apartamento em Santa Cruz, na Bolívia, na quarta-feira (2). De acordo com os investigadores, a causa da morte foi asfixia. Além disso, a vítima teria sofrido estupro e esfaqueamento.

"Foi realizada uma autópsia forense, e a causa da morte foi determinada como asfixia mecânica por sufocamento. Isso significa que uma segunda pessoa causou a morte da vítima", afirmou o promotor Daniel Ortuño, responsável pelo caso.

Jenife residiu por seis anos na Bolívia, onde se formou em medicina, e havia retornado ao Amapá. Segundo uma amiga, ela voltou ao país sul-americano recentemente para buscar o diploma do curso e realizar a colação de grau.

Principal suspeito

Os investigadores do caso identificaram um adolescente de 16 anos, apontado como companheiro de Jenife Silva, como o principal suspeito pelo crime de feminicídio. Ela foi encontrada nua em seu apartamento, com diversos hematomas pelo corpo.

O adolescente se entregou à polícia e afirmou que, durante o ato sexual com a estudante, ela teria sofrido um mal súbito, o que o levou a fugir do local em seguida.

Segundo relato do cunhado da vítima para o g1, o adolescente pertence a uma família boliviana influente. Jenife deixou dois filhos, um menino e uma menina.

Família da vítima

Os pais de Jenife enfrentam problemas de saúde delicados. A mãe, que estava em Minas Gerais, aguardando por um transplante de coração, enquanto o pai sofre com questões psicológicas. Abalados, eles não conseguiram conceder entrevistas, assim como as duas irmãs mais novas da vítima.

''Ontem ela (mãe de Jenife) teve a notícia que entrou na fila do transplante, e ontem mesmo ela teve a triste notícia que a filha tinha sido assassinada. Só que nós montamos um esquema para ela receber essa informação, que ela não tem coração para um baque desse [...], ela tem 19% da função cardíaca'', explicou o cunhado.