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Argentina registra o primeiro caso de encefalite equina ocidental em humanos em mais de duas décadas

A EEO é uma doença viral rara transmitida por mosquitos que afeta equinos e humanos, e tem um período de incubação de 2 a 10 dias.
Argentina registra o primeiro caso de encefalite equina ocidental em humanos em mais de duas décadasGettyimages.ru / Pablo Blazquez Dominguez

O Ministério da Saúde da Argentina confirmou o primeiro caso de infecção humana pelo vírus da encefalite equina ocidental (EEO) desde 1996. O caso foi notificado pelo Ponto Focal Nacional para o Regulamento Sanitário Internacional, em 20 de dezembro.

Segundo um comunicado da pasta, o paciente é um trabalhador rural adulto da província de Santa Fé, onde as autoridades sanitárias já haviam detectado cavalos doentes e implementado o protocolo de vigilância epidemiológica humana.

O homem desenvolveu sintomas como cefaleia, mialgia, tontura, desorientação e febre súbita em 19 de novembro de 2023. Em 24 de novembro de 2023, recebeu atendimento médico e foi hospitalizado em um centro de saúde da província, onde precisou de cuidados intensivos e ventilação mecânica por 12 dias. O paciente recebeu alta em 20 de dezembro e está sendo monitorado em regime ambulatorial.

Os últimos casos humanos relatados na Argentina ocorreram em 1982 e 1983 associados a um surto em equinos e um terceiro em 1996, que foi relatado como um caso isolado com base em achados clínicos e sorológicos, mas nenhum caso equino foi detectado.

O que é a encefalite equina ocidental?

A EEO é uma doença viral rara transmitida por mosquitos que afeta equinos e humanos, e tem um período de incubação de 2 a 10 dias. Em humanos, o vírus pode causar doenças que variam de sintomas subclínicos ou leves a formas graves de meningite e encefalite asséptica. 

Como medidas preventivas as autoridades de saúde recomendam a eliminação de áreas com água contaminada que possam servir como criadouros de insetos e a instalação de redes à prova de insetos em casas e estábulos. Além disso, recomendam o fortalecimento da vigilância em áreas com surtos ativos em animais.