Wall Street tem forte queda após retaliações comerciais chinesas e dólar vai a R$ 5,83

Indíces financeiros norte-americanos continuam a despencar nesta sexta-feira, após tarifas de Trump. Odolár havia fechado em R$ 5,60 na quinta-feira.

O mercado financeiro norte-americano volta a ter um dia marcado por quedas acentuadas, em meio à incerteza provocada pelas tarifas promovidas pelo presidente Donald Trump e a retaliação comercial da China.

Nesta sexta-feira, o S&P caiu 5,9%, a Nasdaq 5,8%, e o Dow Jones 5,5%, informa a Bloomberg. Mais cedo, as ações europeias caíram aproximadamente 5%, e o preço do petróleo alcançou seu nível mais baixo desde 2021.

A queda do S&P é a pior desde março de 2020, significando uma perda de U$ 5 bilhões.

No Brasil, o dólar opera em alta, tendo alcançado R$5,83. É o maior salto da moeda desde maio de 2023. Já o Ibovespa caiu 2,96%, a 127.256 pontos, sendo a maior queda percentual em um dia desde dezembro de 2024.

Bolsas asiáticas também registraram perdas, como no Japão (-2,75%) e em Hong Kong (-1,52%).

''Maiores do que o esperado''

O chefe da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell, assegurou que as tarifas são ''maiores do que o esperado'', e prevê um aumento da inflação e a desaceleração da economia nos Estados Unidos.

''Nós estamos enfrentando um panorama muito incerto, com riscos elevados tanto de aumento do desemprego como da inflação'', afirmou o funcionário de alto-escalão em uma conferência de imprensa, citado pela agência Reuters.

''Embora seja muito provável que as tarifas gerem pelo menos um aumento temporário da inflação, também é possível que seus efeitos sejam mais persistentes'', acrescentou.

Guerra comercial

As quedas no mercado financeiro global ocorrem após a China impor tarifas recíprocas de 34% sobre todas as importações dos EUA a partir de 10 de abril.

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