O governo brasileiro condenou o ataque israelense ocorrido nesta terça-feira (2), que atingiu um edifício no campo de refugiados de Jabalia, no norte da Faixa de Gaza.
O local, onde funcionava uma clínica da Agência das Nações Unidas para os Refugiados da Palestina no Oriente Próximo (UNRWA), servia como abrigo para palestinos deslocados. A ofensiva resultou em ao menos 19 mortes, incluindo 9 crianças.
Além disso, o Brasil expressou preocupação com a descoberta dos restos mortais de 15 trabalhadores humanitários do Crescente Vermelho Palestino, da Defesa Civil e da UNRWA. Os corpos foram encontrados em 30 de março, enterrados em uma vala comum, após terem sido mortos por forças israelenses enquanto realizavam ações de resgate no sul da Faixa de Gaza.
Diante da retomada das operações militares israelenses no território palestino, o governo brasileiro reforçou a necessidade de cumprimento do Direito Internacional Humanitário, ressaltando que Israel deve respeitar os princípios da proporcionalidade e distinção entre civis e combatentes.
O Brasil também cobrou medidas para garantir a segurança e a liberdade de movimento dos trabalhadores humanitários que atuam na região.
O Itamaraty renovou seu apelo para que o cessar-fogo seja restabelecido e que a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza seja retomada com urgência.