Nesta quinta-feira (3), o dólar abriu em forte queda no Brasil após o tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida, adotada na véspera, gerou preocupações sobre uma possível recessão global.
Pela manhã, às 9h02, a moeda norte-americana recuava 1,36%, sendo negociada a R$ 5,618. No dia anterior, havia encerrado com leve alta de 0,24%, cotada a R$ 5,696. Já o índice da bolsa brasileira registrou variação positiva de 0,03%, alcançando 131.190 pontos, conforme relatado pela Folha de S.Paulo.
Ao fim do pregão, o dólar consolidou a queda e encerrou o dia cotado a R$ 5,6062 para compra e R$ 5,6067 para venda, abaixo do fechamento anterior.
Os fatores por trás da queda do dólar
O recuo do dólar no Brasil nesta quinta-feira (3) reflete a reação do mercado ao novo pacote tarifário anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na véspera, Trump declarou que aplicará uma tarifa mínima de 10% a todos os exportadores para os EUA, incluindo o Brasil, e taxas ainda mais altas para cerca de 60 países. A medida busca, segundo ele, corrigir desequilíbrios comerciais.
O anúncio gerou incertezas sobre os impactos no comércio global, elevando temores de desaceleração econômica. Investidores também ajustaram suas posições diante da possibilidade de que a guerra comercial leve o Federal Reserve (Fed) a adotar uma política monetária mais cautelosa, o que poderia enfraquecer o dólar no longo prazo.
Além disso, no Brasil, a expectativa de eventuais intervenções do Banco Central para conter volatilidades no câmbio contribuiu para a desvalorização da moeda norte-americana.