'Veremos quem é o mais forte': Alemanha pede pressão sobre Trump

"Essa pressão deve agora ser desencadeada a partir da Alemanha, da Europa, em aliança com outros países", defendeu o ministro da economia alemão.
Ministro de Assuntos Econômicos da Alemanha, Robert Habeck.

O ministro Federal de Assuntos Econômicos da Alemanha, Robert Habeck, pediu à União Europeia (UE) que responda ao pacote tarifário maciço de Washington com pressão para forçar o presidente dos EUA a reverter sua decisão.

"É isso que vejo, que Donald Trump cede sob pressão, corrige seus anúncios sob pressão", afirmou ele em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (03). "A consequência lógica também é que então [Trump] deve sentir essa pressão", insistiu.

O movimento deveria ser desencadeado ''pela Alemanha, pela Europa, em aliança com outros países, e então veremos quem é o mais forte nessa luta", declarou.

"Devemos responder a esse 'dia de arbitrariedade' com um 'dia de determinação', de determinação europeia", continuou o ministro, em uma aparente referência às palavras do presidente dos EUA, que chamou o dia do anúncio das tarifas de ''Dia da Libertação'' de seu país.

Durante o evento, Trump anunciou tarifas recíprocas que afetarão quase todos os países, com taxas que variam de 10% a 49%.

Entre as nações afetadas estão a China, com uma tarifa de 34%, a União Europeia, com 20%, e o Vietnã, com uma das taxas mais altas, 46%.

A medida provocou reações em todo o mundo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que a decisão é "um duro golpe" para as empresas e os consumidores de todo o mundo.

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