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Wall Street tem perda trilionária após caos financeiro desencadeado por Trump e reacende temores de recessão global
Devido às altas tarifas impostas à China continental, Taiwan e Vietnã, as empresas que dependem de insumos vindos desses países foram ainda mais afetadas.
A Bolsa de Valores de Nova York abriu com fortes quedas nesta quinta-feira (3), um dia depois que o presidente Donald Trump anunciou a imposição de tarifas sobre quase todos os países que exportam produtos aos EUA, informou a NBC.
Após a abertura do pregão, aproximadamente 1,7 trilhão de dólares evaporaram do índice S&P 500, enquanto que o Dow Jones Industrial Average caiu 2,9% e o NASDAQ, com uma forte presença de empresas de tecnologia, registrou uma queda de 4,5%.
As grandes empresas de tecnologia foram as mais afetadas: a Apple, segundo informações da Bloomberg, registrou uma queda de quase 280 bilhões de dólares, enquanto que a Nvidia enfrentou um prejuízo superior a 145 bilhões e a Amazon - de 142 bilhões de dólares.
Devido às altas tarifas impostas à China, Taiwan e Vietnã, empresas como a Apple e a Nike sofreram danos mais sérios, pois sua produção depende de insumos produzidos nesses países.
O caos também se espalhou pelos mercados europeus e asiáticos. Paris perdeu 2,26%; Frankfurt, 1,84%; Milão, 1,79%; e Londres, 1,28%. Enquanto isso, o índice Nikkei 225, do Japão, fechou em queda de quase 3% e o índice Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,5%.
"Dia da libertação nos EUA"
Na quarta-feira (2), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou em suas redes sociais que o "dia da libertação nos EUA" chegou.
A declaração faz referência ao anúncio do último domingo sobre a imposição de tarifas que deverão afetar todos os países que exportam produtos para os Estados Unidos.
Trump afirmou que o novo pacote de tarifas em grande escala não será aplicado somente às 10 ou 15 nações com as quais os Estados Unidos têm o maior déficit comercial, mas que "começaria com todos os países".