
Porsche pode voltar a produzir tanques de guerra devido à crise econômica sem precedentes

Após sofrer perdas recordes em 2024, a Holding Porsche SE, corporação do setor automotivo controlada pelas famílias Porsche e Piech, é forçada a explorar novas áreas de diversificação, incluindo possíveis investimentos no setor de defesa, informou a mídia local na quarta-feira (2).
No ano passado, a holding sofreu um prejuízo de aproximadamente 20 bilhões de euros devido à baixa contábil dos ativos da Volkswagen e da Porsche AG.
Agora, o presidente do conselho de administração da Porsche SE, Hans Dieter Potsch, anunciou planos para transformar o grupo industrial em uma "plataforma de investimento global" e estabelecer uma terceira área de investimento importante.
Essa nova direção se concentrará em tecnologia industrial, mobilidade e, potencialmente, no setor de defesa.

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Porsche desenvolveu o tanque Tiger, a unidade de artilharia autopropulsada Ferdinand (Elefant), o tanque superpesado Maus e outras armas.
Após a guerra, a empresa participou do desenvolvimento do tanque Leopard 1, um tanque de batalha principal de meados da Guerra Fria, que mais tarde foi substituído pelo Leopard 2, um tanque de batalha moderno em serviço nas forças armadas alemãs, em alguns de seus aliados da OTAN e em outros países do mundo.
Diante de um cenário de recessão no setor automotivo e uma crescente demanda por produtos de defesa, Lutz Meschke, membro do conselho de administração, afirmou que não há impedimentos para a colaboração com o setor de defesa.
A holding já possui participação na empresa de tecnologia Quantum Systems, cujos drones são utilizados em reconhecimento militar.
Dessa forma a Porsche SE busca fortalecer suas capacidades de defesa na Europa, ao mesmo tempo em que trabalha para reduzir sua dependência em relação à Ásia e aos Estados Unidos.
