Principal aliado da Ucrânia se recusa a enviar 'soldados de paz'

A decisão se manterá independentemente do resultado das eleições presidenciais a serem realizadas em maio no país.
Soldados ucranianos da 117ª Brigada disparam artilharia D-30, 17 de fevereiro de 2025.

A Polônia não tem planos de enviar tropas para fazer parte das chamadas "forças de paz" que alguns países europeus almejam deslocar para a Ucrânia, afirmou o ministro das Relações Exteriores polonês, Radoslaw Sikorski.

"Acho que não", disse ele ao ser perguntado se o governo de Varsóvia planeja mudar essa decisão após as eleições presidenciais polonesas em maio.

Segundo o ministro, Varsóvia não quer que a Rússia acuse a Polônia "de querer invadir a Ucrânia e dividir seu território".

"Tal ação se tornaria um fator de comoção social, e não queremos dar esse argumento à propaganda russa", concluiu Sikorski.

Rússia não tolerará tropas da OTAN na Ucrânia

Moscou por diversas vezes já deixou claro que não tolerará o envio de um contingente militar ocidental para a Ucrânia. O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, declarou em fevereiro que a presença de tropas da OTAN em solo ucraniano, sob qualquer bandeira e em qualquer capacidade, é uma ameaça à Rússia, enfatizando que Moscou não a aceitará sob quaisquer circunstâncias.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse também que Moscou se opõe a um possível envio de tropas para a manutenção da paz na Ucrânia, pois isso poderia levar a um conflito direto com a OTAN.