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EUA ameaçam: Irã poderá 'desaparecer' se não assinar acordo nuclear

Pressionado por Washington e Tel Aviv, Teerã enfrenta a iminência de uma agressão militar caso não se submeta às condições impostas por Trump.
EUA ameaçam: Irã poderá 'desaparecer' se não assinar acordo nuclearAP / Carolyn Kaster / Office of the Iranian Supreme Leader

O presidente dos EUA, Donald Trump, está determinado a impor, sob seus termos, um "acordo" nuclear ao Irã, o que pode resultar em uma agressão militar que colocaria o país em risco de "desaparecer", caso Teerã se recuse a assinar.

A informação foi dada por fontes próximas à Casa Branca, em entrevista ao Daily Express, na quarta-feira (2). Segundo as fontes, o Irã poderia "desaparecer em setembro".

"Sim, estamos dispostos a esperar que o presidente Trump tente chegar a um bom acordo, o que preferimos ao invés da guerra. Mas a opção militar é definitivamente real: ela está na mesa e o tempo para a tomada de decisão está chegando", disseram.

A postura dos EUA é respaldada por Israel, que, por meio de um parlamentar, também defende a "urgência" em resolver o impasse.

"Conflito inevitável"

A União Europeia segue a linha dura de Trump, com o ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Noel Barrot, alertando que um confronto com o Irã será "quase inevitável" caso as negociações sobre um novo acordo nuclear falhem.

"Nossa prioridade é chegar a um acordo que restrinja de forma verificável e duradoura o programa nuclear iraniano", declarou Barrot na quarta-feira (2), ressaltando que a França continua firme na convicção de que "o Irã nunca deverá possuir armas nucleares".

"Em caso de fracasso [no acordo], um confronto militar parecerá quase inevitável", insistiu.

Barrot destacou também as possíveis consequências de um conflito, alertando que o "confronto direto com o Irã desestabilizaria a região do Oriente Médio".

Caminho do conflito

Em mais uma ameaça, o presidente Trump afirmou que, caso o Irã não chegue a um acordo com Washington sobre seu programa nuclear, os EUA irão bombardear e impor "tarifas secundárias" ao país persa.

"Serão bombardeios como nunca vistos antes", disse o presidente norte-americano.

Em resposta à crescente tensão, o Pentágono enviou o porta-aviões Carl Vinson ao Oriente Médio e mobilizou seis bombardeiros estratégicos B-2 Spirit, com capacidade nuclear, para a base de Diego Garcia, no Oceano Índico.

Por sua vez, o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, respondeu às ameaças de Trump prometendo "um forte golpe recíproco" caso os EUA ataquem o país.

ENTENDA O PROGRAMA NUCLEAR DO IRÃ LENDO NOSSO ARTIGO.