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EUA pela primeira vez faltarão à reunião de cúpula em apoio à Ucrânia

A ausência do chefe do Pentágono representa mais um sinal de que para o governo Trump o armamento do regime de Kiev não é uma prioridade.
EUA pela primeira vez faltarão à reunião de cúpula em apoio à UcrâniaGettyimages.ru / Omar Havana / Stringer

Os Estados Unidos não participarão, pela primeira vez, de uma reunião da coalizão de 50 países que apoiam a Ucrânia no conflito, revelaram ao Defense News, na quarta-feira (2), várias autoridades europeias e uma norte-americana não identificadas.

De acordo com as fontes, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, não irá à reunião de cúpula do Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia, também conhecido como grupo Ramstein, que ocorrerá em 11 de abril em Bruxelas, na Bélgica, e será presidida pela Alemanha e pelo Reino Unido.

No entanto, a Casa Branca ainda avalia a participação de seus representantes em outros fóruns que apoiam o regime de Kiev, incluindo aqueles que ajudam a formar a assistência e o treinamento, disse um dos funcionários americanos ouvidos.

Mudança de prioridades na Casa Branca

Para os países europeus, a ausência de Hegseth é vista como evidência de que o governo Trump reduziu sua prioridade de armar a Ucrânia, algo que o secretário deixou claro na última reunião do grupo, em fevereiro.

Na reunião de fevereiro, a primeira em suas 26 edições a não ser liderada por um secretário de Defesa dos EUA, Hegseth repreendeu seus colegas europeus, pedindo-lhes que assumissem maior controle de sua própria defesa em vez de depender de Washington.

Paradoxalmente, o Grupo de Contato de Defesa da Ucrânia foi fundado por Lloyd Austin, antecessor de Hegseth no governo democrata de Biden, logo após o início da operação militar especial russa na Ucrânia.

Desde então, a coalizão ajudou a levantar e coordenar mais de US$ 126 bilhões em assistência a Kiev, metade dos quais veio dos EUA.