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Vítima principal, China reage a tarifaço de Trump

Pequim prometeu tomar "contramedidas vigorosas para salvaguardar seus próprios direitos e interesses".
Vítima principal, China reage a tarifaço de TrumpGettyimages.ru / CFOTO/Future Publishing

A China exigiu que os Estados Unidos cancelem imediatamente as medidas consideradas inadequadas e resolvam as divergências com outros países com base na igualdade, afirmou um comunicado do Ministério do Comércio chinês.

"A China pede aos Estados Unidos que cancelem imediatamente as medidas tarifárias unilaterais e resolvam adequadamente as diferenças com seus parceiros comerciais por meio de um diálogo igualitário", informou a agência.

As declarações foram feitas após a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, de impor uma tarifa de 34% sobre produtos chineses. A medida foi anunciada na terça-feira (2) pelo próprio presidente durante uma cerimônia do "Dia da Libertação" na Casa Branca, onde ele divulgou tarifas retaliatórias contra parceiros comerciais de Washington.

"A China se opõe firmemente a isso e tomará fortes contramedidas para proteger seus próprios direitos e interesses", afirmou o Ministério do Comércio.

"As chamadas 'tarifas recíprocas', estabelecidas pelos EUA com base em avaliações subjetivas e unilaterais, não estão de acordo com as regras do comércio internacional, prejudicam seriamente os direitos e interesses legítimos dos envolvidos e são uma prática típica de intimidação unilateral", disse a agência.

O ministério destacou ainda que a medida "não resolverá os problemas de Washington", mas, ao contrário, prejudicará os próprios interesses dos EUA e "colocará em risco o desenvolvimento econômico global e a estabilidade da cadeia de produção e fornecimento".

Tarifas "amigáveis"

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, detalhou que, com o novo anúncio, as tarifas contra Pequim totalizarão 54%, somando-se às tarifas de 20% já existentes, impostas por Trump nas primeiras semanas de seu mandato.

As novas tarifas contra a China entrarão em vigor em 9 de abril. Durante seu discurso, Trump afirmou que suas barreiras comerciais são "amigáveis" e que poderia ter sido muito mais duro.

Ele alegou ainda que, por mais altas que sejam, as tarifas impostas pelos EUA não superariam as taxas aplicadas por outros países sobre produtos americanos.

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