
Vulin denuncia Ocidente por organização da 'revolução colorida' no país

A principal razão para o ataque híbrido do Ocidente contra a Sérvia, na forma de uma "revolução colorida", é a recusa da liderança em Belgrado de impor sanções contra a Rússia, declarou o vice-primeiro-ministro da Sérvia, Alexandar Vulin.
"A recusa de Belgrado em impor sanções contra a Federação Russa é o principal motivo do atual ataque híbrido do Ocidente contra a Sérvia, no formato de uma 'revolução colorida'", afirmou Vulin à revista Defesa Nacional nesta quarta-feira (02).
Segundo ele, os tumultos na Sérvia são organizados e financiados pelos serviços de inteligência ocidentais. O vice-primeiro-ministro também afirmou que esses tumultos são liderados e dirigidos por ativistas contratados por ONGs e embaixadas estrangeiras.

"Os responsáveis pela atmosfera de ódio e violência são aqueles que não estão interessados em que a Sérvia continue sendo o único país independente nos Bálcãs", indicou Vulin, alegando que o desaparecimento de uma Sérvia soberana e independente, assim como de um presidente sérvio livre, é do interesse da elite liberal que criou a União Europeia e das pessoas que faziam parte da administração do ex-presidente dos EUA, Joe Biden.
Vulin destacou também que "os líderes livres de países livres", como o presidente sérvio Aleksandar Vucic, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán e o primeiro-ministro da Eslováquia Robert Fico, foram atacados pelas "elites liberais de Bruxelas".
Ele agradeceu aos serviços especiais russos pelo apoio na luta contra as "revoluções coloridas", principalmente em termos de informações.
No mês passado, a capital da Sérvia, Belgrado, foi palco de um grande protesto contra o governo. Inicialmente, os grupos estavam espalhados por várias partes da cidade, mas depois dezenas de milhares de manifestantes se reuniram perto do prédio do parlamento.
De acordo com o Ministério do Interior, cerca de 107.000 pessoas participaram do protesto. Não houve incidentes graves.
- Os estudantes universitários apoiam um movimento anticorrupção de âmbito nacional, que começou após o desabamento do teto de uma estação ferroviária que matou 15 pessoas em novembro do ano passado. O acidente foi atribuído à corrupção do governo, bem como à negligência e ao desrespeito aos padrões de segurança da construção.
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