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Tarifas recíprocas de Trump: O que esperar para o Brasil?

As medidas, que serão anunciadas nesta terça-feira pelo presidente norte-americano, podem afetar severamente o setor de aço e alumínio, aumentando os custos para a indústria e consumidores brasileiros.
Tarifas recíprocas de Trump: O que esperar para o Brasil?Legion-media.ru / Thales Antonio

O Brasil se encontra em um momento crítico à medida que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se prepara para anunciar nesta quarta-feira novas tarifas comerciais, conhecidas como "tarifas recíprocas". O governo Lula, está mobilizando esforços para mitigar os impactos negativos que essas medidas podem ter sobre as exportações brasileiras.

Trump deve anunciar tarifas que podem variar de 10% a 25% e afetar todos os produtos exportados pelo Brasil. O etanol brasileiro foi citado em um relatório norte-americano, que critica a relação comercial entre os dois países, alegando que o Brasil impõe taxas mais altas sobre produtos dos EUA.

O governo brasileiro busca diálogo com autoridades norte-americanas, enquanto desenvolve um plano de retaliação. Um projeto de lei que estabelece a reciprocidade nas regras comerciais foi aprovado pelo Senado, permitindo ao Brasil responder a medidas protecionistas de forma mais ágil.

O Brasil, um dos principais fornecedores de aço para os EUA, teme que as novas tarifas se somem às já existentes sobre alumínio e aço, prejudicando a competitividade das exportações e elevando os custos para a indústria e consumidores.

Quais países podem ser mais afetados?

Se os EUA aplicarem tarifas semelhantes às de países com altas taxas sobre produtos americanos, as nações em desenvolvimento, como Índia, Argentina e várias da África e Sudeste Asiático, serão as mais impactadas, segundo a Bloomberg. 

Trump critica os impostos sobre valor agregado, como o IVA da União Europeia e o imposto sobre consumo do Japão. Um documento do Escritório do Representante Comercial dos EUA destaca que a administração está focada em países com superávits comerciais significativos, incluindo Argentina, Brasil, China, União Europeia e Japão.