Kirill Dmitriev, diretor-geral do Fundo Russo de Investimento Direto, pode viajar a Washington ainda esta semana para se reunir com Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, Donald Trump, para tratar do conflito na Ucrânia, informou a CNN, citando fontes próximas ao assunto.
A expectativa é que o encontro discuta o fortalecimento dos laços entre os dois países, que buscam pôr fim aos combates na Ucrânia.
A provável visita seria a primeira de um alto funcionário russo a Washington para negociações desde o início da operação militar especial em fevereiro de 2022 e marca mais um passo na reaproximação entre os dois países.
Segundo apurou a CNN, o governo dos EUA teria suspendido as sanções contra Dmitriev – que também atua como representante especial da Presidência russa para investimentos e cooperação econômica com países estrangeiros – para viabilizar a concessão de um visto pelo Departamento de Estado.
Outra fonte informou que o Departamento do Tesouro foi acionado para suspender as restrições.
Até o momento, as autoridades norte-americanas não se pronunciaram sobre as informações.
Ao comentar sobre a possível visita, Dmitriev escreveu "talvez" em sua conta no X, acrescentando que "a resistência ao diálogo entre os EUA e a Rússia é real e se deve a interesses arraigados e narrativas antigas".
"Mas e se a melhoria das relações for exatamente o que o mundo precisa para a segurança e a paz globais duradouras?”, indagou.
- Moscou e Washington realizaram seus primeiros contatos de alto nível desde o início do conflito na Ucrânia, em 18 de fevereiro, abrindo caminho para a normalização das relações. Em reunião realizada na capital da Arábia Saudita, Riad, as partes concordaram em acelerar a nomeação de embaixadores e resolver entraves que comprometem o funcionamento de suas missões diplomáticas, entre outras questões.
- O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou na terça-feira (1) que os preparativos para a segunda reunião entre Rússia e EUA estão em curso e destacou que Moscou enxerga "progresso emergente e o desejo" dos EUA de eliminar obstáculos "completamente inaceitáveis do ponto de vista da prática diplomática para o trabalho dos diplomatas nas capitais de cada um".