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Marine Le Pen compara condenação a 'bomba nuclear' e denuncia ataque político
A líder do Reagrupamento Nacional criticou a decisão judicial que a impede de disputar a presidência em 2027 e rebateu as acusações de desvio de verbas públicos.
A líder do partido francês Reagrupamento Nacional (RN), Marine Le Pen, comparou sua sentença a uma bomba nuclear, uma arma que, segundo ela, as autoridades francesas usaram para impedi-la de concorrer à presidência em 2027.
"O sistema nos trouxe a bomba nuclear. Se eles usam uma arma tão poderosa contra nós, é obviamente porque estamos prestes a vencer a eleição", afirmou Le Pen, em discurso para os parlamentares de seu partido nesta terça-feira, conforme mostrado pela BFMTV.
Marine reiterou que o partido não permitiria que isso acontecesse, pois os cidadãos franceses têm o direito de votar em quem desejarem.
"É realmente uma caricatura, de certa forma, do abandono de qualquer princípio, de qualquer valor, de todo funcionamento democrático", declarou, acrescentando que tal decisão representa a "violação de todas as regras de funcionamento das instituições" na França.
Acusações contra Marine
Marine Le Pen, seu partido Reagrupamento Nacional (RN) e cerca de 20 integrantes da sigla foram acusados de desviar mais de 4,1 milhões de euros (aproximadamente R$ 25,3 milhões), informou o The Guardian.
Ela foi condenada a quatro anos de prisão, cinco anos de inelegibilidade e ao pagamento de uma multa de 100 mil euros (cerca de R$ 623 mil). A decisão ainda cabe recurso.
Veja a seguir os crimes pelos quais Le Pen está sendo acusada:
- Desvio de fundos públicos;
- Contratação irregular de assessores;
- Fraude;
- Abuso de confiança