
Marine Le Pen se pronuncia após ser declarada inelegível: 'Não vou deixar que me eliminem assim'

A líder do partido Reunião Nacional (RN), Marine Le Pen, da França, foi condenada nesta segunda-feira (31) por se apropriar indevidamente de fundos europeus para financiar seu partido de extrema-direita. Ela foi declarada inelegível para cargos públicos por cinco anos.
"Não vou deixar que me eliminem assim. Vou buscar todas as vias legais possíveis", declarou a política após receber a decisão, citada pela Reuters.

Marine Le Pen pediu ao Judiciário que agilize a audiência de apelação para garantir sua participação nas eleições de 2027. Segundo pesquisas recentes, ela se destaca como uma das principais líderes do cenário político, estando à frente nas intenções de voto para a próxima eleição presidencial na França.
A líder afirmou que essa é uma ''decisão política'' do tribunal que 'violou completamente o Estado de direito'.
"Não estou disposta a aceitar tão facilmente uma negação da democracia. Nenhum juiz pode decidir interferir em uma eleição tão importante quanto a presidencial, e fazê-lo em violação ao estado de direito", disse ela.
Líderes mundiais rechaçaram a decisão judicial contra Le Pen, alegando perseguição e lawfare. Em entrevista, o ex-presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, classificou a decisão como "ativismo judicial da esquerda". "Onde a direita está presente, a esquerda e o sistema trabalharão para tirar seus oponentes do jogo", acrescentou.
Acusações contra Le Pen
Marine Le Pen, seu partido Reunião Nacional (RN) e cerca de 20 integrantes da sigla foram acusados de desviar mais de 4,1 milhões de euros (cotação atual R$ 25.309.300), informou o The Guardian.
Ela foi condenada a quatro anos de prisão, cinco anos de inelegibilidade e ao pagamento de uma multa de 100 mil euros (cotação atual R$ 623 mil reais). A decisão ainda cabe recurso.
Veja a seguir os crimes os quais Le Pen está sendo acusada:
- Desvio de fundos públicos;
- Contratação irregular de assessores;
- Fraude;
- Abuso de confiança