Marine Le Pen é condenada à prisão

Marine Le Pen, a líder do partido oposicionista Reagrupamento Nacional (RN), foi condenada a quatro anos de prisão e proibida de concorrer a cargos públicos por cinco anos na França. A sentença foi proferida como parte de um caso de desvio de dinheiro do Parlamento Europeu, no qual a política foi considerada culpada nesta segunda-feira (31).

Esse veredicto do tribunal significa que Le Pen não poderá participar da corrida presidencial em 2027. Se Le Pen recorrer da sentença, tecnicamente poderá participar da eleição presidencial de 2027, mas várias mídias  informam que é improvável que ela pudesse concorrer.

Le Pen e vários deputados da formação política foram acusados de ter usado dinheiro destinado a assistentes parlamentares da UE para pagar pessoas que trabalharam para o RN entre 2004 e 2016. Oito outros membros do Reagrupamento Nacional foram considerados culpados junto com Le Pen.

O partido Reagrupamento Nacional foi multado e deverá pagar dois milhões de euros. A própria política não esperou que a sentença fosse anunciada até o final e deixou a sala do tribunal.

"Morte política"

Procuradoria francesa pede prisão de Marine Le Pen, em alegado caso de fraude

Ao comentar o caso em novembro de 2024, Le Pen disse que, se ela for impedida de concorrer às eleições, isso seria sua "morte política".

A política negou todas as acusações contra ela e as descartou como um ataque político com o objetivo de acabar com sua carreira. "Há 11 milhões de pessoas que votaram no movimento que represento", disse ela, acrescentando que a decisão do tribunal significa que "potencialmente milhões de franceses seriam privados de seu candidato nas eleições".

De acordo com suas explicações ao se defender das acusações do tribunal, foi considerado aceitável adaptar o trabalho dos assistentes pagos pelo Parlamento Europeu às necessidades dos deputados, mesmo que esse trabalho fosse relacionado ao partido.