Notícias

Zambelli afirma que se sente abandonada por Bolsonaro e lamenta perseguição armada

A deputada, que busca reverter condenações, mencionou nomes da direita para as eleições de 2026.
Zambelli afirma que se sente abandonada por Bolsonaro e lamenta perseguição armadaLegion-media.ru / Mateus Bonomi/AGIF/Sipa USA

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) revelou em uma recente entrevista ao jornal Folha de São Paulo que se sente abandonada pelo ex-presidente e seu antigo aliado, Jair Bolsonaro, especialmente após o episódio em que perseguiu um homem armado na véspera das eleições de 2022. Zambelli expressou seu arrependimento, afirmando: "Devia ter entrado no carro e ido embora".

Durante a conversa, a deputada destacou que esperava apoio de Bolsonaro, considerando que, desde 2013, tem sido uma defensora ativa do ex-presidente. "Não só eu, mas outras pessoas também perderam a amizade do presidente no momento que precisaram", lamentou. Essa sensação de abandono se intensificou após Bolsonaro atribuir a ela a responsabilidade pela derrota nas eleições de 2022, o que a deixou bastante chateada.

Zambelli enfrenta atualmente uma possível condenação de 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto, além da perda de seu mandato, devido a acusações de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal. Ela discorda da afirmação de Bolsonaro de que sua ação prejudicou a campanha, argumentando que a repercussão foi limitada e que não acredita que muitos eleitores tenham mudado de opinião por causa do incidente.

A deputada, que se posiciona como uma voz proeminente do bolsonarismo, também está buscando reverter uma condenação por desinformação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em relação ao futuro político, Zambelli mencionou nomes como Michelle e Eduardo Bolsonaro como possíveis representantes da direita nas eleições de 2026, mas ressaltou que ainda é cedo para fazer previsões definitivas.

Zambelli, que se disse em um momento difícil, também refletiu sobre sua trajetória política e expressou arrependimento por ter se envolvido na perseguição armada, reconhecendo que deveria ter priorizado sua segurança. "Esse dia foi o único dia que eu não saí, infelizmente. Mas me arrependo, deveria ter saído", concluiu.