
Lula aborda conflito ucraniano e faz duras críticas a Zelensky e à União Europeia

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, criticou severamente a atuação do líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, e a posição da União Europeia em relação ao conflito na Ucrânia.
🇧🇷🇪🇺Lula aborda conflito ucraniano e faz duras críticas a Zelensky e à UEO presidente afirmou que Zelensky não está preocupado com a paz, observando ainda que, ao focar no rearmamento, o bloco europeu está "jogando fora" seus valores democráticos.Leia: https://t.co/pWU9gNgkQXpic.twitter.com/YYkrejmspi
— RT Brasil (@rtnoticias_br) March 29, 2025
Durante uma coletiva de imprensa neste sábado em Hanói, capital do Vietnã, Lula manifestou sua disposição em conversar com Zelensky e com o presidente russo, Vladimir Putin, para pôr um fim ao conflito. No entanto, afirmou que Zelensky não tem demonstrado um verdadeiro compromisso com a paz:
''Eu espero que agora ele esteja preocupado com a paz, porque até então ele não estava'', disse Lula, ressaltando a inflexibilidade do líder ucraniano, que chegou a proibir negociações com Moscou e afirmou repetidamente que somente sua "proposta" deveria ser considerada para encerrar o conflito. "Ninguém é o senhor da razão", argumentou Lula.
Nos últimos dias, o regime ucraniano tem realizado ataques contínuos às instalações de energia e à infraestrutura civil da Rússia, mesmo após Vladimir Putin ter concordado com um cessar-fogo e instruído o Ministério da Defesa de seu país a interromper esse tipo de ofensiva.
Rearmamento da UE
O brasileiro também ressaltou que a União Europeia poderia se beneficiar significativamente dos diálogos, uma vez que está assumindo duras obrigações como o rearmamento em larga escala e o financiamento da OTAN.
''É muita responsabilidade para a União Europeia, que simbolizava até então o território da paz, da democracia, da concorda. Eu sempre disse que a construção da União Europeia era um monumento à democracia, e lamentavelmente, estão jogando isso fora, na minha opinião, por precipitação", disparou o mandatário.

No início do mês, Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, anunciou um "plano de rearmamento para a Europa", que prevê um investimento de quase 800 bilhões de euros na defesa do bloco, além de incentivos fiscais que permitirão aos países membros "aumentar massivamente" seus gastos militares.
Em paralelo, líderes do continente, como Emmanuel Macron, reiteraram sua disposição em enviar tropas à Ucrânia como parte de uma estratégia para elevar Kiev a uma "melhor posição para negociar". O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, já havia afirmado em fevereiro que a Rússia não aceitaria o envio de "soldados da paz" europeus para a Ucrânia, com Moscou advertindo que quaisquer tropas da OTAN na Ucrânia sem um mandato da ONU seriam consideradas alvos legítimos.