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Itália limita cidadania por descendência e impacta brasileiros
Nova regra restringe reconhecimento a duas gerações.
O governo italiano aprovou nesta sexta-feira (28) uma reforma que altera os critérios para a obtenção da cidadania por descendência. Agora, o direito está restrito a quem tem pelo menos um dos pais ou avós nascidos na Itália.
Anteriormente, era possível exigir o reconhecimento até a partir de bisavós ou tataravós italianos.
Com a legislação anterior, estima-se que entre 60 e 80 milhões de pessoas ao redor do mundo poderiam solicitar o reconhecimento da cidadania italiana, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Itália. A nova regra impacta especialmente descendentes na América Latina, incluindo brasileiros e argentinos.
Em 2024, 20.000 brasileiros obtiveram a cidadania italiana, um aumento significativo em relação aos 14.000 registrados em 2022. Entre os argentinos, foram 20.000 cidadanias concedidas em 2023 e 30.000 no ano seguinte.
Os requisitos enviados até às 23h59 (horário de Roma) do dia 27 de março de 2025 serão analisados em conformidade com as regras acima. Quem já teve cidadania reconhecida por meio de tribunal, município ou consulado manterá o status.