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Moscou: "A OTAN está ensaiando um possível confronto militar com a Rússia"
O secretário do Conselho de Segurança russo enfatizou que os exercícios militares do bloco perto das fronteiras da Rússia "aumentam a tensão e desestabilizam a situação no mundo".
A OTAN é um bloco que já provocou inúmeros conflitos militares em todo o mundo e agora está se preparando para os próximos, principalmente com Moscou, disse nesta quinta-feira o secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev, comentando sobre as manobras em larga escala conduzidas pela aliança militar.
Em suas palavras, o "papel destrutivo" dos EUA, o líder da aliança, "é evidente na história moderna", pois nenhum outro país do mundo "desencadeou tantas guerras e conflitos militares e provocou tantas crises econômicas devastadoras".
Patrushev enfatizou que uma das ferramentas da influência de Washington é o bloco militar "agressivo". "Durante seus 75 anos de existência como um suposto garantidor da paz e da democracia, a OTAN desencadeou mais de 100 guerras e conflitos militares em todo o mundo e está se preparando para os próximos", acrescentou. Além disso, indicou que o fato de os países membros continuarem a aumentar seus gastos militares "ressalta mais uma vez o caráter cada vez mais agressivo dessa aliança".
Nesse contexto, Patrushev destacou que as manobras 'Steadfast Defender' 2024, que estão ocorrendo perto das fronteiras da Rússia e durante as quais "um cenário de confronto armado com Moscou está sendo ensaiado, sem dúvida aumenta a tensão e desestabiliza a situação no mundo".
Os maiores exercícios desde a Guerra Fria
Os maiores exercícios militares da Aliança Atlântica desde a Guerra Fria, "Steadfast Defender", começaram em 31 de janeiro e durarão até maio. Os exercícios envolverão mais de 50 navios —de porta-aviões a destróieres— mais de 80 caças, helicópteros e drones, bem como pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos de combate de infantaria. Além disso, cerca de 90.000 soldados dos 31 estados-membros da Aliança Atlântica, bem como da Suécia, participarão.
Embora o bloco militar não tenha mencionado o nome da Rússia nas descrições dos exercícios, seu principal documento estratégico identifica o país euro-asiático como "a ameaça mais significativa e direta à segurança dos Aliados". Da mesma forma, o comandante supremo das forças aliadas da OTAN na Europa e chefe do Comando Europeu dos EUA, Christopher Cavoli, disse que o Steadfast Defender 2024 ensaiaria uma resposta a um possível ataque russo.