J.D. Vance chega à Groenlândia: 'Aparentemente, sou o primeiro vice-presidente a visitar a ilha'

Na sexta-feira, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, explicou por que o governo Trump precisa tanto da Groenlândia, uma ilha autônoma dinamarquesa na região do Ártico, considerada a maior do mundo.

"Se um míssil fosse disparado de um país inimigo ou de um submarino inimigo contra os Estados Unidos, seriam as pessoas aqui na nossa frente que alertariam nossos bravos homens e mulheres mais ao sul dos Estados Unidos para que soubessem o que estava por vir e, se Deus quiser, tentariam abatê-lo e se preparar para ele. Essa é uma das coisas que fazemos em instalações como esta", afirmou durante sua visita à Base da Força Espacial dos EUA em Pituffik.

Vance também comentou que a Rússia, a China e outras nações estão expressando um "interesse extraordinário" nas rotas marítimas do Ártico e nos recursos naturais da região.

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"Queremos manter boas relações com todo o mundo. Isso inclui, na medida do possível, os chineses e os russos. Porém uma parte de ter boas relações consiste em mostrar sua força quando necessário", declarou.

Nesse sentido, ele reconheceu que os últimos 20 anos mostram que seu país investiu pouco na infraestrutura de segurança da Groenlândia.

"Lamentávelmente, a história da Groenlândia no que diz respeito à segurança nos últimos 20 anos é que temos investido pouco na infraestrutura, na arquitetura de segurança e nos homens e mulheres valentes que estão trabalhando duro para nos manter a salvo. Isso tem que mudar", destacou Vance.

Além disso, acrescentou que a própria Dinamarca tampouco investiu na segurança da ilha, motivando que Washington assuma essa função. "E como isso não mudou, é por isso que a política do presidente Trump na Groenlândia é a que é", explicou.

Visita dos EUA à Groenlândia

Uma delegação liderada pelo vice-presidente chegou à Groenlândia nesta sexta-feira (28) em meio à controvérsia sobre a retórica anexionista de Trump.

Vance enfatizou que nunca havia estado na ilha antes. "Aparentemente, sou o primeiro vice-presidente a visitar a Groenlândia, o que é muito legal", disse.

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Ele também anunciou que sua equipe quer ver em primeira mão as atividades da Base Pituffik da Força Espacial dos EUA, onde conversará com o comando e os funcionários da entidade.

"Temos interesse na Groenlândia por parte do governo Trump. Então, vamos falar um pouco sobre isso com nossos amigos da mídia", acrescentou.

Na segunda-feira (24), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a visita é um sinal puramente amistoso, respondendo às críticas do primeiro-ministro cessante da ilha dinamarquesa autônoma, Mute Egede.

Em uma reunião com seu gabinete, Trump enfatizou que as autoridades norte-americanas foram convidadas pela Groenlândia para visitar a ilha, portanto, foi uma iniciativa lançada pelas autoridades da Groenlândia e não o contrário. "Eles estão nos chamando, não fomos nós que chamamos", disse.

• Trump tem reiterado que seu país precisa adquirir a Groenlândia por causa de preocupações com a segurança internacional, argumentando que navios de muitos países navegam perto da costa norte dos EUA.

• No início de janeiro, o filho primogênito do presidente, Donald Trump Jr., viajou para a capital da ilha, Nuuk, para uma breve estadia de cinco horas, provocando um debate sobre a soberania da ilha e seu lugar no cenário internacional