
Сhefe do conselho de direitos humanos denuncia russofobia do ChatGPT

O chefe do Conselho de Direitos Humanos da Rússia, Valery Fadeyev, denunciou, na quinta-feira (27), um viés anti-Rússia no modelo de inteligência artificial (IA) ChatGPT.
Em discurso no XV Fórum Educacional Internacional de São Petersburgo, Fadeyev relatou um experimento feito com colegas para testar o chatbot da empresa americana OpenAI e apontou resultados que considerou preocupantes.

"Fizemos várias perguntas: 'Quem venceu a Segunda Guerra Mundial?', 'Por que a comunidade liberal russa odeia seu país?' e assim por diante. Obtivemos respostas duras e ideológicas", afirmou.
Segundo Fadeyev, as respostas do ChatGPT "pareciam ter sido escritas não por inteligência artificial, mas por inteligência natural no comitê central de um partido político de outro país".
Ele mencionou a decisão do presidente dos EUA, Donald Trump, no início deste mês, de encerrar o financiamento do governo para a rádio Voz da América, acusando a rede estatal de radiodifusão internacional de "espalhar propaganda radical" para o Partido Democrata dentro e fora do país.
O chefe do conselho russo sugeriu que as autoridades em Washington não precisam mais da rádio e de veículos semelhantes "quando agora têm uma ferramenta ideológica colossal na forma de IA".
Regulamentação da IA
Fadeyev também expressou preocupação com as dificuldades para regulamentar o ChatGPT. "Se não educarmos nossas crianças em idade escolar, se não criarmos nelas uma visão de mundo razoável, nobre e patriótica, não teremos ferramentas para combater essa arma", alertou.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, apelou recentemente para que a ONU mantenha as discussões sobre o controle da IA e garanta que os países "trabalhem de forma transparente [e] honesta e não criem esquemas [de IA] direcionados contra outros membros da comunidade internacional".