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Putin descarta a possibilidade de voltar a fazer parte do G7

Presidente russo disse que Moscou já tentou cooperar com o Ocidente, mas seus interesses sempre foram ignorados lá.
Putin descarta a possibilidade de voltar a fazer parte do G7Gettyimages.ru / Vladimir Pesnya/Epsilon

O presidente russo Vladimir Putin afirmou que a reintegração da Rússia ao G7 não faz sentido porque o Ocidente sempre ignorou os interesses russos.

"Até agora, todo mundo tem tentado se juntar ao Ocidente. A Rússia também já quis entrar para o G7 e o G8. Depois percebemos que isso não fazia sentido, porque ninguém ali tinha nossos interesses em mente", disse o mandatário na quarta-feira durante uma conversa sobre o fortalecimento da influência do bloco BRICS, no Festival Mundial da Juventude, que ocorreu de 29 de fevereiro a 7 de março na cidade russa de Sochi.

"Esse é o problema. E esse é o erro de nossos parceiros ocidentais", acrescentou.

O G7, um grupo formado por Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos, era conhecido como G8 antes da suspensão de Moscou. A participação foi suspensa após a reunificação da Crimeia com a Rússia por meio de um referendo em 2014.

Por outro lado, Putin destacou o papel do BRICS na política internacional. "Hoje, o BRICS é uma associação poderosa e séria, um ímã que atrai muitos países do mundo. Na verdade, hoje esses países estão ganhando impulso", anunciou. "Agora, o PIB global dos países do BRICS é maior do que o PIB dos países do G7. E continuará sendo. Ele continua a aumentar. Isso já é um fato médico, nada pode ser feito a respeito, não é mais possível", enfatizou.

O festival

festival, organizado por decreto presidencial, reuniu 20.000 jovens líderes de mais de 180 países no Território Federal de Sirius, localizado na costa russa do Mar Negro. Cada dia do encontro foi dedicado a um tema diferente.

No dia 2 de março, quando o evento teve início, o foco foi a "responsabilidade pelo destino do mundo", cuja ideia é que o futuro da humanidade depende da capacidade de diálogo e compreensão mútua da geração mais jovem, sua disposição de tomar a iniciativa e a responsabilidade por soluções concretas para construir um mundo justo.

Os dias seguintes foram dedicados a temas relacionados à unidade multinacional, a um mundo de oportunidades para todos, à preservação da família para as crianças e à paz, entre outros.