
Ex-oficial da Secretaria de Estado aceita convite para discutir influência da USAID no Brasil

A Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou nesta quarta-feira (26) um convite ao ex-funcionário da secretaria de Estado dos EUA, Michael Benz, para depor sobre a possível interferência da USAID na soberania e democracia do Brasil.
A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) tem sido alvo de intensos debates devido a suspeitas de interferência na política brasileira. Setores da oposição alegam que a agência pode ter influenciado a eleição presidencial de 2022 para impedir a reeleição do então presidente Jair Messias Bolsonaro.
🚨 AGORA 🚨: Mike Benz (@MikeBenzCyber) acusa os EUA de financiar uma campanha de censura contra Bolsonaro, alegando que sem essa interferência, Bolsonaro ainda seria presidente e a internet brasileira seria livre. pic.twitter.com/Cg6fciFAdG
— Felipe Pinho (@FelipePinhoBR) February 4, 2025

''Se a USAID não existisse, Bolsonaro ainda seria o presidente do Brasil e o Brasil ainda teria uma internet livre e aberta'', afirmou Benz no programa The War Room.
Recentemente, o ex-presidente brasileiro ecoou as declarações de Benz, e declarou, sem apresentar provas: ''A China teria procurado o governo Biden para tirar o Bolsonaro daqui [do Brasil], porque eles teriam muito mais facilidade em certas transações'' com o governo Lula.
USAID
Segundo apuração do portal Poder360, US$ 82.864.757 (aproximadamente R$ 414 milhões) foram enviados ao Brasil durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, de 2017 a 2020.
A agência dos EUA atua em diversos países com o objetivo de fornecer ajuda humanitária e promover o desenvolvimento global em áreas como saúde, educação, democracia, segurança alimentar e resposta a desastres, em linha aos interesses nacionais do governo norte-americano.
Censura no Brasil
De acordo com o ex-secretário americano, a USAID declarou "uma guerra santa de censura" a Bolsonaro por ele ser um presidente "populista".
Foram investidos milhares de dólares no Brasil em operações de influência, como a contratação de advogados para promover e financiar leis contra a desinformação sob a tutela do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com o objetivo de "reprimir os tuítes, mensagens no WhatsApp e no Telegram de Bolsonaro", informou Benz.
Os EUA declaram Jair Bolsonaro como ''Trump tropical'' e por isso investem milhões de dólares para ''matar'' qualquer grupo populista nacional que possa ''atrapalhar'' sua ''politica externa'', concluiu Mike Benz.