Em um cenário energético cada vez mais complexo, a Ucrânia se prepara para importar quantidades recordes de gás da Europa, informou a Bloomberg na terça-feira (25).
De acordo com Dmitriy Sakharuk, diretor da D. Trading, braço comercial da DTEK, a maior empresa privada de energia da Ucrânia, o país precisará de cerca de 5 bilhões de metros cúbicos de gás entre abril de 2025 e abril de 2026.
O volume é significativamente maior do que o máximo de 1 bilhão de metros cúbicos registrado nas temporadas anteriores, afirmou ele em uma entrevista em Lausanne, na Suíça.
A demanda na Ucrânia foi impulsionada pelo rápido esgotamento dos estoques e pelos ataques à sua infraestrutura de energia.
Enquanto isso, o mercado europeu de gás enfrenta um momento particularmente tenso, com preços elevados devido à proximidade da temporada de armazenamento. Apesar dos esforços da União Europeia para diversificar suas fontes de energia, o gás continua sendo altamente demandado, especialmente porque as baixas temperaturas aumentam o consumo para aquecimento.
Segundo a Bloomberg, Kiev planeja aumentar suas compras de gás natural liquefeito dos EUA, com a meta de adquirir pelo menos 4 bilhões de metros cúbicos entre abril e outubro. Os suprimentos podem vir de terminais localizados na Alemanha, Grécia, Lituânia e Polônia.
- O fornecimento de gás russo para os países europeus via Ucrânia foi suspenso desde as 8 horas da manhã de 1º de janeiro, horário de Moscou, devido à "recusa repetida" de Kiev em estender os acordos bilaterais.
- O presidente Putin e o presidente dos EUA, Donald Trump, conversaram por telefone em 18 de março. Durante a conversa, o presidente russo aceitou a proposta de Trump de um cessar-fogo de 30 dias nos ataques à infraestrutura energética da Rússia e da Ucrânia, ordenando a medida ao Ministério da Defesa.
- O líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, declarou publicamente apoio ao cessar-fogo, mas desde então tem violado o acordo em várias ocasiões.