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Parentes exigem respostas sobre mercenários desaparecidos na Ucrânia

Representantes e familiares de colombianos recrutados por Kiev para lutar no conflito relatam promessas não cumpridas e maus-tratos.
Parentes exigem respostas sobre mercenários desaparecidos na UcrâniaRedes sociais / X

Parentes de colombianos que atuaram como mercenários na guerra da Ucrânia protestaram na quarta-feira (26) em frente ao Ministério das Relações Exteriores da Colômbia, exigindo informações sobre o paradeiro de seus familiares, segundo o jornal El Tiempo.

Um dos manifestantes afirmou que seu primo desapareceu em julho de 2024, após viajar para se alistar no exército ucraniano. "Ele foi em busca de um futuro melhor para o filho pequeno, atraído por um salário de 18 milhões de pesos [cerca de US$ 4.560] por mês. Mas o que era um sonho se transformou em pesadelo para nossa família", relatou.

Outra manifestante, que preferiu não se identificar, contou que seu filho partiu para a Ucrânia em julho de 2023 e fez seu último contato em agosto, pouco antes de entrar em combate.

Segundo ela, assim como outros colombianos recrutados, ele foi atraído por promessas de altos salários e benefícios, mas a realidade foi outra. "Eles os tratavam mal, os insultavam, batiam neles. Era tudo mentira", afirmou.

Posição do governo colombiano

Em resposta aos protestos, o Ministério das Relações Exteriores afirmou no X que está "totalmente disponível para ouvir um grupo de delegados dos manifestantes que, a esta hora, estão buscando informações sobre seus parentes que são combatentes na Ucrânia".

Fontes do ministério confirmaram ao El Tiempo que mantêm diálogo com cinco representantes dos manifestantes para tentar localizar os desaparecidos e fornecer respostas às famílias.