
Presidente do México critica sanções: não afetam governos, mas sim 'povos inteiros'

Claudia Sheinbaum, presidente do México, manifestou nesta quarta-feira sua contrariedade às tarifas alfandegárias de 25% impostas pelos Estados Unidos a países que comprarem petróleo ou gás da Venezuela.
Sheinbaum denunciou que sanções unilaterais não são justas e trazem impacto não apenas aos governos dos paísesafetados, mas também às suas populações. Além do México, outros países como Bolívia, Rússia, Cuba e China também se posicionaram contra a medida

A presidente mexicana também ressaltou que seu país sempre foi contra o embargo dos EUA à Cuba.
''Não estamos de acordo com a adoção de sanções econômicas aos países. Isto é um princípio da política externa mexicana'', declarou Sheinbaum, citada pela Revista Exame.
Justificativa de Trump
Na segunda-feira, o presidente norte-americano justificou a aplicação de tarifas acusando Caracas de ''ter enviado propositalmente aos Estados Unidos milhares de criminosos de alto escalão''.
Segundo Trump, a Venezuela tem sido hostil aos EUA nas últimas décadas, o que também é um fator adicional para a imposição da tarifa de 25% aos países que comprarem petróleo venezuelano.
Anteriormente, o presidente venezuelano Nicolás Maduro denunciou os governos dos Estados Unidos e de El Salvador pelo "sequestro cruel" de seus cidadãos, já que muitos imigrantes foram deportados ilegalmente para o país caribenho para serem mantidos em uma prisão de segurança máxima sem terem seus direitos respeitados.