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Moraes vota por tornar Bolsonaro e aliados réus por tentativa de golpe de Estado

A PGR apresentou uma denúncia contra o ex-presidente do Brasil e o general Braga Netto por chefiarem o plano que incluia o assassinato do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do atual vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.
Moraes vota por tornar Bolsonaro e aliados réus por tentativa de golpe de EstadoBruno Peres/Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou, nesta quarta-feira (26), por tornar reús o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete aliados, denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado.

Dentre os acusados, além de Bolsonaro, estão o General Braga Netto, General Augusto Heleno, tenente-coronel Mauro Cid, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, o deputado federal Alexandre Ramagem, e o ex-comandante da Marinha, Almir Garnier Santos.

No voto, que durou mais de uma hora e meia, o magistrado citou acusações e indícios pela PGR e recebeu na íntegra a denúncia.

Moraes, que é o relator do inquérito, teria sido, segundo um relatório da Polícia Federal (PF), um dos alvos de um plano de assassinato elaborado por Braga Netto. Além do ministro, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice Geraldo Alckmin também seriam alvos.

Acusações e julgamento

Contra o ex-presidente Jair Bolsonaro também são imputados os crimes de:

  • Associação criminosa

  • Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito

  • Incitação ao crime

No primeiro dia do julgamento, que começou na terça-feira (25), Alexandre de Moraes rebateu a defesa do ex-presidente, argumentando que  todos os advogados envolvidos no caso tiveram acesso às provas e indícios.