
Chefe da Inteligência russa denuncia pilhagem neocolonial da África pelo Ocidente

O Ocidente continua causando danos à humanidade por meio de práticas neocoloniais, como a pilhagem de recursos naturais de países africanos, denuncia o diretor do Serviço de Inteligência Estrangeira da Rússia (SVR), Sergey Naryshkin.
A declaração foi feita nesta terça-feira (25) durante um evento da Sociedade Histórica Russa, em Moscou, sobre a luta contra o colonialismo.
Naryshkin citou a França como exemplo, acusando o país de comprar urânio do Níger por seis décadas a preços extremamente baixos.

"Basta lembrar, por exemplo, como a França comprou urânio do Níger por 60 anos a um preço humilhantemente baixo – 80 centavos de dólar por quilo", afirmou.
Ele destacou ainda que, após a retirada do contingente militar francês do Níger no ano passado, o novo governo do país reajustou o preço do urânio para os valores de mercado, aumentando-o em mais de 200 vezes.
O chefe do SVR também criticou potências europeias como Reino Unido, Bélgica e França, acusando-as de "crueldade e exploração desenfreada da população na África, Índia e Sudeste Asiático" durante o período colonial.
"É necessário erguer uma barreira legal confiável contra novas tentativas de reviver o colonialismo e, idealmente, até mesmo buscar uma compensação justa pelos danos", disse Naryshkin, acrescentando que a Rússia se coloca "na vanguarda da luta por uma ordem mundial mais justa".