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O que pensa Putin sobre o possível fim do mundo por uma IA fora de controle

O líder russo enfatizou que "é impossível interromper o desenvolvimento dessa tecnologia".
O que pensa Putin sobre o possível fim do mundo por uma IA fora de controle

A inteligência artificial (IA) é o futuro e é impossível impedir seu uso, disse o presidente russo Vladimir Putin na quarta-feira durante uma reunião com participantes do Festival Mundial da Juventude, que acontece de 29 de fevereiro a 7 de março na cidade russa de Sochi.

Em resposta à pergunta de um participante sobre o tema do desenvolvimento da inteligência artificial, Putin disse que a Rússia "pode se orgulhar de suas conquistas nesse campo". Em suas palavras, "o desenvolvimento da IA cria uma enorme vantagem competitiva para qualquer país que desenvolva essas tecnologias", e a Rússia "está fazendo isso e continuará fazendo".

Ele também destacou que o trabalho sobre esse tópico deve ser feito "ainda mais intensamente" em conjunto com especialistas da Rússia e de outros países, pois a IA é "sem dúvida o futuro". Ao mesmo tempo, ele enfatizou que é muito importante criar instrumentos adequados de automonitoramento nessa área, porque "o uso da IA não pode ser interrompido, isso é óbvio".

Riscos para a humanidade

Além disso, Putin falou sobre as preocupações de que o desenvolvimento ativo dessa tecnologia poderia colocar em risco a existência da humanidade. "Não estou inclinado a concordar com aqueles que veem uma espécie de fim do mundo, que veem que haverá algum ponto sem retorno, quando a humanidade não será mais capaz de retornar ao fato de que vivemos em um mundo humano, que virá [...] a era das máquinas que controlarão os humanos", disse ele, observando que "em qualquer caso, tudo depende de nós".

De acordo com o líder russo, o desenvolvimento da IA terá de ser negociado em nível internacional, pois "se isso sair do controle, poderá causar danos irreparáveis". Em sua opinião, "quando a humanidade perceber alguns perigos reais para si mesma", será o momento de negociar, como aconteceu no caso dos acordos de não proliferação nuclear. "Acho que o bom senso prevalecerá e conseguiremos chegar a um acordo. E é impossível parar o desenvolvimento da tecnologia", concluiu.