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Brasil exige explicações a Israel por morte de adolescente brasileiro em prisão israelense
A Federação Árabe Palestina Brasileira afirmou que a prisão onde o jovem morreu é "notória pelo uso de tortura com choques elétricos, espancamentos, privação de alimentos e até mesmo o uso de cães".
O adolescente brasileiro Walid Khaled Abdallah, de 17 anos, morreu no domingo enquanto estava sob custódia do governo israelense na prisão de Megiddo.
O jovem morador da Cisjordânia havia sido preso em setembro de 2024 após participar de protestos contra os massacres de Israel em Gaza, que já mataram mais de 50 mil palestinos desde outubro de 2023.
A Federação Árabe Palestina Brasileira (Fepal) afirmou à Folha de S.Paulo que o complexo de Megiddo é conhecido pelos relatos de tortura, como choques elétricos, espancamentos, privação de alimentos e até o uso de cães contra detentos.
As autoridades brasileiras exigiram que Israel apresente explicações oficiais sobre as circunstâncias da morte do adolescente.
Segundo a jornalista Mônica Bergamo, fontes próximas ao caso revelaram que a morte teria sido causada por negligência médica durante o período de detenção.
A família do jovem, filho de pai brasileiro e mãe palestina, está em estado de choque. O chefe do escritório diplomático brasileiro em Ramallah, João Marcelo Soares, afirmou que está auxiliando no traslado do corpo e na organização do funeral.
- Atualmente, cerca de 6 mil palestinos de origem brasileira vivem na Cisjordânia. De acordo com números oficiais da Autoridade Palestina, citados pelo jornal, indicam que 63 prisioneiros palestinos morreram em prisões israelenses durante o conflito.