O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, condenou mais uma vez a ofensiva militar excessiva de Israel em Gaza, argumentando que o direito de defesa israelense após os ataques do Hamas em outubro, foi transformado em "direito de vingança" que pune mulheres e crianças de forma indiscriminada em Gaza.
"O direito de defesa transformado em direito de vingança constitui, na prática, punição coletiva que mata indiscriminadamente mulheres e crianças", disse Lula durante conversa com jornalistas depois de reunião com o presidente de Governo da Espanha, Pedro Sanchéz, no Planalto.
Ao mesmo tempo, o mandatário defendeu a necessidade de uma solução de dois Estados, afirmando ser fundamental "avançar rapidamente na criação de um Estado Palestino e reconhecê-lo como membro pleno da ONU, um Estado que seja economicamente viável e que possa conviver em paz com Israel".
Lula ainda condenou o bloqueio da ajuda humanitária a Gaza e reiterou o pedido de "uma parada humanitária" para resolver o problema de "milhares de mulheres e crianças que são vítimas de uma 'violência brutal' na Faixa de Gaza".
"Se alguem tinha dúvida, as últimas imagens de Gaza são para que todos nós não percamos o humanismo que ainda temos. Não sejamos algoritmos. Sejamos seres humanos de verdade e percebamos que o que está acontecendo lá, é um verdadeiro genocídio que já matou 30.000 pessoas", expressou.
Além disso, defendeu mais uma vez a reforma do Conselho de Segurança da ONU, que segundo ele, "representa muito pouco, quase nada".