
NASA retira 'diversidade' do programa lunar

A Nasa declinou da promessa de "levar a primeira mulher e a primeira pessoa de cor à Lua" no programa lunar Artemis. A mudança ocorre em meio à campanha do presidente dos EUA, Donald Trump, para eliminar políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) em órgãos federais.

O objetivo do Artemis é levar o homem à Lua pela primeira vez desde 1972. A agência espacial afirmou anteriormente em seu site que pousaria "a primeira mulher, a primeira pessoa negra e o primeiro astronauta internacional de um país parceiro" na superfície lunar.
Desde então, a Nasa atualizou a página do Artemis e removeu todas as referências à diversidade. A nova versão afirma que a missão Artemis III "enviará os primeiros humanos para explorar a região do polo sul lunar". Não está claro quando as edições foram feitas.
"De acordo com a ordem executiva do presidente, estamos atualizando nossa linguagem em relação aos planos de envio de tripulação à superfície lunar como parte da campanha Artemis da Nasa", disse um porta-voz da agência em comunicado.
"Estamos ansiosos para conhecer os planos do governo Trump para nossa agência e expandir a exploração da Lua e de Marte em benefício de todos".
A tripulação da missão Artemis II, que em 2026 fará um sobrevoo lunar sem pouso, ainda inclui a astronauta Christina Koch e o astronauta afro-americano Victor Glover.
A Nasa já foi criticada por falta de diversidade e tem a reputação de ser composta majoritariamente por "homens velhos e brancos", segundo o jornal The Guardian.
Todos os astronautas que caminharam na Lua nas missões Apollo eram homens brancos. Nos últimos anos, a agência lançou a iniciativa "Diversidade em Oportunidades de Emprego", que segue listada em seu site oficial.
Em janeiro, Trump assinou uma ordem executiva para desmantelar programas DEI e "restaurar a contratação baseada no mérito". Com isso, a Nasa começou a dissolver seu Escritório de Diversidade e Oportunidades Iguais.