Nicolás Maduro ordena ação defensiva conjunta contra ameaça de navio militar britânico

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, ordenou na quinta-feira uma ação conjunta geral em resposta à ameaça representada pela chegada do navio da Marinha britânica HMS Trent à costa da Guiana.

"Ordenei a ativação de uma ação conjunta de toda a Força Armada Militar Nacional Bolivariana no Caribe Oriental da Venezuela, na costa do Atlântico. Uma ação defensiva conjunta em resposta à provocação e ameaça do Reino Unido contra a paz e a soberania de nosso país", disse o presidente venezuelano.

Maduro reiterou que Caracas "respeitou os acordos de Argyle, mas a Venezuela não pode ficar de braços cruzados diante de uma ameaça, venha ela de onde vier".

Anteriormente, a Venezuela rejeitou e descreveu como "um ato de provocação hostil" a chegada do navio da Marinha britânica HMS Trent na costa da Guiana, de acordo com um comunicado oficial publicado na quinta-feira pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil.

Caracas afirmou que a chegada do navio também representa "uma violação da recente Declaração de Argyle, que foi assumida como um roteiro para abordar a disputa territorial sobre a Guiana Essequiba entre a Venezuela e a Guiana".

No domingo, Londres anunciou a intenção de enviar o navio-patrulha HMS Trent para a área no final deste mês, sem mencionar a Venezuela ou sua disputa territorial com a Guiana sobre a região de Essequibo. "O HMS Trent visitará a Guiana, um aliado regional e parceiro da Comunidade das Nações [a organização de países com laços históricos com o Reino Unido], no final deste mês, como parte de uma série de missões na região", disse o Ministério da Defesa britânico.