
BRICS discute parceria para Nova Revolução Industrial

Nesta quinta e sexta-feira (20 e 21/3), foram realizadas reuniões virtuais com participação do corpo técnico de todos os países do BRICS, no âmbito da Parceria para a Nova Revolução Industrial (PartNIR).
Os encontros, coordenados pelos Ministérios do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), prepararam as discussões que servirão de base para a reunião dos Ministros da Indústria, marcada para o dia 21 de maio.
Criado em 2021, o PartNIR tem como objetivo identificar interesses comuns entre os países-membros do bloco, fortalecendo parcerias e promovendo a cooperação em projetos estratégicos. A iniciativa surge em um momento de transformações significativas em diversos setores industriais, impulsionadas pela introdução de novas tecnologias.

O que foi discutido nas reuniões?
Nos encontros desta semana, os tópicos de destaque estavam ligados à tecnologia, pequenas empresas, e bioindústria.
A Inteligência Artificial foi um dos principais assuntos, com os países-membros reconhecendo a importância de desenvolver ecossistemas de uma IA soberana, que considere as realidades e os idiomas nacionais. Para isso, destacou-se a necessidade de autonomia tecnológica, controle de dados e infraestrutura digital.
Outro ponto discutido foi o papel da robótica na manufatura, vista como um fator crucial para fortalecer a competitividade industrial e impulsionar a transformação econômica dos países do bloco.
Além disso, a manufatura inteligente foi abordada, com foco na otimização do uso de recursos e na redução do impacto ambiental.
O grupo de trabalho de Pequenas e Médias Empresas (PME) do PartNIR também se reuniu, discutindo possíveis parcerias entre essas empresas e os países do BRICS. O objetivo é acelerar o crescimento inclusivo, destacando a importância dessas empresas para o crescimento econômico, a recuperação de crises, a redução da pobreza e o combate à desigualdade. Os membros enfatizaram a importância de facilitar o acesso dessas empresas aos mercados dos países do bloco.
Por fim, os países exploraram a possibilidade de o BRICS liderar a integração da bioindústria e da biotecnologia com as tecnologias digitais. Foi defendida a realização de um diagnóstico sobre o potencial de cada país em biorrefinar sua biomassa para atender mercados globais. Além disso, os países compartilharam o desejo de fomentar a economia circular, estendendo os ciclos de vida dos produtos e valorizando processos de reutilização de resíduos em processos produtivos.
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