
Enviado de Trump desmente Zelensky

"É um fato que as forças ucranianas na província russa de Kursk estão cercadas", afirmou Steve Witkoff, enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, em uma entrevista com Tucker Carlson publicada nesta sexta-feira.
"Há [a região de] Kursk, onde as tropas ucranianas estão cercadas, é um fato. [...] Os russos a recuperaram. [Kiev] tem pessoas presas lá, e o presidente [Donald Trump] não quer ver todos mortos", afirmou o alto funcionário ao comentar as conversas telefônicas que o líder norte-americano manteve nesta semana com seu homólogo russo, Vladimir Putin, e com o líder do regime ucraniano, Vladimir Zelensky, assim como o cessar-fogo discutido.
Witkoff refutou, portanto, as declarações anteriores de Zelensky, o qual afirmou que, apesar da terrível situação enfrentada pelo exército ucraniano em Kursk, suas tropas não estão cercadas naquela área de fronteira. "Depois que Putin nos disse que nossas tropas estavam cercadas, nossas tropas permaneceram no local, provando que não estavam cercadas e que não era Putin dizendo a elas quando sair. Elas ficarão lá enquanto precisarmos dessa operação", apontou durante uma coletiva de imprensa na terça-feira.

Kiev lançou uma invasão surpresa sobre Kursk no início de agosto do ano passado, tomando a cidade de Sudzha e vários instalações em suas proximidades. O presidente russo anunciou na quarta-feira que as Forças Armadas russas "realizaram recentemente uma série de operações rápidas, muito ousadas e eficazes e estão completando a derrota de um grupo de tropas inimigas na região de Kursk". Enquanto isso, de acordo com o presidente, soldados ucranianos e mercenários estrangeiros que cometeram crimes contra civis em território russo são considerados terroristas pela lei russa.