
Pequim condena perseguição a estudantes chineses nos EUA

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, rechaçou nesta quinta-feira as acusações de que estudantes chineses de universidades norte-americanas são uma "ameaça à segurança nacional", realizadas por congressistas norte-americanos.
"Os estudantes chineses representam 1/4 dos estudantes internacionais nos EUA, e sua presença beneficia ambos os países", declarou Mao. Além disso, instou Washington a "parar de sobredimensionar o conceito de segurança nacional" e distanciar-se de medidas discriminatórias.

O caso acontece após a Comissão sobre o Partido Comunista Chinês da Câmara dos Representantes dos EUA solicitar informações detalhadas a seis universidades norte-americanas de prestígio sobre estudantes chineses matriculados em programas avançados de ciência, tecnologia, engenharia e matemáticas (STEM).
A medida foi apresentada pelo congressista John Moolenaar, com o argumento de que esses estudantes poderiam representar uma ameaça à segurança nacional por possuírem acesso a tecnologias sensíveis com aplicações militares.
As universidades afetadas incluem a Universidade Carnegie Mellon, Stanford, Purdue, Illinois, Maryland e a Universidade do Sul da Califórnia. O representante acusou o governo chinês de implantar espiões em instituições norte-americanas para obter acesso a tecnologias dos EUA.
Anteriormente, um projeto de lei havia sido apresentado pelo republicano Riley Moore, buscando proibir a emissão de vistos de estudante para cidadãos chineses. A proposta foi criticada por grupos asiáticos-americanos e professores, que qualificaram a medida como xenofóbica.
A importância dos estudantes chineses também é econômica para os EUA, haja visto que muitos pagam suas matrículas. Caso a medida de Moore seja aprovada, isso significaria um impacto significativo no financiamento das instituições de ensino superior norte-americanas.
