Kremlin reage aos mandados de prisão do TPI contra dois comandantes militares russos

De acordo com o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, o mandado do TPI não é válido.

A Rússia não reconhece a decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de emitir mandados de prisão contra o comandante da aviação de longo alcance das Forças Aeroespaciais russas, Sergey Kobylash, e o comandante da Frota do Mar Negro russa, Viktor Sokolov, declarou o porta-voz da Presidência russa, Dmitry Peskov, nesta quarta-feira.

"Não somos parte do Estatuto [de Roma], não o reconhecemos", afirmou a jornalistas.

O porta-voz do Kremlin também acrescentou que Moscou está ciente de que no TPI "estão ocorrendo vários julgamentos fechados que se realizam em segredo". "Lidamos com esses mandados consequentemente", enfatizou.

Em 5 de março, o Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu mandados de prisão contra esses dois militares russos "no contexto da situação na Ucrânia por supostos crimes que foram cometidos entre 10 de outubro de 2022 a 9 de março de 2023", diz a declaração. "Há motivos razoáveis para acreditar que os dois suspeitos são responsáveis por ataques com mísseis realizados por forças [russas] sob seu comando contra a infraestrutura elétrica ucraniana" e que foram dirigidos contra alvos civis, segundo o comunicado do TPI.