
Caso Vitória: assassino é psicopata, aponta delegado

"Ele é um psicopata. Um psicopata", essas foram as palavras do Delegado Luiz Carlos do Carmo, responsável pelo caso para descrever Maicol Sales dos Santos, de 27 anos. O assassino confessou na terça-feira (18) que matou Vitória Regina de Souza, de 17 anos, em Cajamar, São Paulo.
Maicol afirmou que teve um relacionamento com Vitória há um ano e meio e que a jovem o ameaçou de contar para sua atual namorada. Ele pediu que ela não revelasse a situação, mas, naquele momento, Vitória teria tentado agredi-lo. Em um momento de exaltação, o acusado pegou a faca que estava no carro e a golpeou. Segundo Maicol, Vitória concordou em entrar no veículo. O assassino ainda disse que agiu sozinho.

A polícia disse que, até este momento, não há provas de que eles tenham tido um relacionamento.
Descrito como narcisista pelo delegado, Maicol desferiu 3 facadas na vítima. Segundo o Instituto Médico Legal (IML), não houve violência sexual contra Vitória Regina de Souza. O laudo divulgado aponta que ela foi golpeada no tórax, no pescoço e no rosto.
De acordo com o advogado da família da vítima, Fábio Costa, o assassino vigiava Vitória nas redes sociais há muito tempo e era obcecado por ela. No celular de Maicol, foram encontradas imagens de mais de 50 mulheres fisicamente semelhantes à jovem. Ele está detido desde o dia 08/03.
Entenda o caso
Após voltar do trabalho em um shopping, Vitória de Souza desapareceu na noite do dia 26 de fevereiro na cidade metropolitana de Cajamar, em São Paulo. A jovem foi encontrada sem vida no dia 5 de março. Ela estava nua e com a cabeça raspada.
O crime causou medo e revolta nos moradores da pequena cidade, que tem uma população de 90 mil habitantes.
As testemunhas foram peças-chave para o desdobramento do caso. Uma delas afirmou ter visto o carro de Maicol, um Toyota Corolla, próximo ao local onde Vitória foi vista pela última vez, no ponto final do ônibus.
Outra testemunha relatou que, já na madrugada do dia 27 de fevereiro, houve grande movimentação de pessoas na frente da casa de Maicol. Vitória estava retornando a pé para sua casa, que ficava a cerca de 2 km de distância do criminoso.
Ela encaminhou um áudio para uma amiga, relatando o medo que sentia de dois rapazes que estavam a observando e que entraram no mesmo ônibus que ela.
Após desembarcar sozinha, ela enviou outro áudio para a amiga, informando que outros dois homens passaram de carro a assediando, mas que logo entraram em uma favela e tudo ficou bem.
Esses foram os últimos momentos com vida de Vitória, que não foi mais vista e só foi encontrada alguns dias depois.