A Câmara dos Deputados da Argentina aprovou, em votação nesta quarta-feira, um decreto que permite que o presidente do país, Javier Milei, solicite um novo empréstimo ao Fundo Monetário Internacional (FMI), organismo ao qual o país já deve U$ 40 bilhões.
Com 129 votos a favor, 108 contrários, e 6 abstenções, a aprovação foi celebrada por Milei e seu ministro da Economia, Luis Caputo.
"Viva a liberdade, caralh*!", declarou o presidente em um post na rede social X.
A votação ocorreu enquanto uma manifestação ocorria nos arredores do Congresso da Nação Argentina, convocada pelos aposentados, que foi acompanhada de um efetivo com mais de 2.000 policiais, resultando no fechamento de ruas e controle de tráfego na região.
Dentro da Câmara, o clima também era agitado, com disputas verbais entre parlamentares governistas e oposicionistas sobre a matéria do texto.
Dívida para pagar dívida
O Gabinete do Presidente emitiu um comunicado que "celebra" a aprovação do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU), que "autoriza a renegociação" junto ao FMI.
"Este acordo irá garantir uma peração de crédito público para que o Tesouro Nacional cancele a dúvida existente com o Banco Central, o que implica uma redução no total da dívida pública", destaca o texto.
- Na semana passada, Milei assinou um Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) para que seu governo pudesse acordar um novo empréstimo junto ao FMI, embora a legislação argentina preveja que a medida transcorra antes pelo poder legislativo.
- A decisão do presidente foi controversa, já que o documento não esclarecia quanto seria o valor do empréstimo, nem suas condições, prazos de pagamento e taxas de juros da nova dívida. A única descrição sobre seu uso