
EUA retiram sigilo de documentos sobre a morte de John F. Kennedy

Os arquivos do assassinato do 35º presidente norte-americano, John F. Kennedy (JFK), em 1963, foram finalmente desclassificados.
"De acordo com a diretiva do presidente Donald Trump de 17 de março de 2025, todos os registros anteriormente retidos por classificação que fazem parte da coleção de registros sobre o assassinato do presidente John F. Kennedy estão liberados", declarou nesta terça-feira em um comunicado a Administração Nacional de Arquivos e Registros dos EUA. Também afirmou que, a partir de hoje, 18 de março, "os registros podem ser acessados on-line ou pessoalmente, em cópia impressa ou formatos analógicos, nos Arquivos Nacionais de College Park, Maryland.

Dentre os documentos, estão registros relacionados com a investigação inicial do assassinato, realizada em 1964 por uma comissão chefiada pelo então presidente da Suprema Corte do país, Earl Warren. A compilação inclui seu relatório, juntamente com informações recebidas de agências federais, fotografias, gravações e audiências da comissão.

A divulgação foi realizada após o atual presidente, Donald Trump, assinou no final de janeiro uma ordem executiva para retirar o sigilo dos arquivos sobre os assassinatos, ocorridos na década de 1960, de JFK, de seu irmão Robert Kennedy, e do líder do movimento dos direitos civis Martin Luther King Jr., destacando que "é de interesse nacional publicizar todos os registros relacionados a estes assassinatos, sem mais delongas".
Essa segunda-feira, o mandatário norte-americano declarou que os documentos classificados sobre a morte de JFK seriam divulgados sem qualquer edição. O inquilino da Casa Branca indicou que são "aproximadamente 80.000 páginas". "Eu disse: 'Simplesmente não escreva isso. Você não pode escrever isso'", ele observou, concluindo que "será muito interessante".
Durante seu primeiro mandato, o republicano considerou desclassificar documentos sobre a morte de JFK de acordo com a Lei de Coleta de Registros de Assassinato de Kennedy, que em 1992 estabeleceu o prazo para 2017 de tornar os arquivos restantes públicos. Apesar da objeção do então diretor da CIA e mais tarde secretário de Estado Mike Pompeo, Trump divulgou uma parte dos documentos e adiou o restante até outubro de 2021. Seu sucessor, Joe Biden, também adiou a exposição.
- Em 22 de novembro de 1963, John F. Kennedy foi mortalmente ferido por dois tiros de rifle enquanto ele, sua esposa e o governador do estado viajavam na limusine presidencial conversível pelo centro de Dallas, Texas. O assassino, Lee Harvey Oswald, foi morto a tiros em uma delegacia de polícia na cidade dois dias depois.