O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta terça-feira que "com certeza" o Congresso irá realizar alterações no projeto de lei que isenta o imposto de renda para quem ganha até R$ 5.000.
A declaração foi realizada ao lado do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cerimônia que oficializa a proposta ao Congresso Federal.
"O Congresso, com certeza, na sua diversidade, ministro Haddad, fará alterações nessa matéria, não tenho dúvidas pela importância que ela tem. Alterações que, com certeza, visarão a melhorar a proposta. Tanto na Câmara como no Senado, nós procuraremos dar a prioridade que a matéria necessita para que, ao longo dos próximos meses, tenhamos a condição de elaborar a melhor proposta possível para o país", declarou o parlamentar.
O deputado defendeu que a Câmara dos Deputados poderá auxiliar em concretizar uma proposta "mais abrangente", tendo em mente a "responsabilidade fiscal" sobre o orçamento do governo.
Em seguida, Lula afirmou aguardar que as mudanças feitas pelo legislativo sejam realmente positivas para o projeto.
"Espero que se for para mudar para melhor, ótimo, para piorar, jamais. É uma coisa tão singela. Às vezes, um volume grande, mas são milhões de pessoas beneficiadas", declarou o chefe do Executivo.
Já Fernando Haddad destacou que quem vai financiar a medida são os que não pagam ou pagam "muito pouco imposto", declarando que aumentará a carga tributária para os 0,2% dos mais ricos do país.
Caso seja aprovada, a isenção do imposto de renda para quem recebe até R$ 5.000 estará vigente a partir de 2026. A proposta é mobilizada em um momento de queda da popularidade do presidente Lula, que busca recuperar sua aprovação.