
Sistema de saúde alemão se prepara para guerra

Judith Gerlach, ministra da Saúde da Baviera, afirmou ao jornal Augsburger Allgemeine Zeitung na segunda-feira (17) que, diante da percepção de ameaça representada pela Rússia, o governo alemão deve preparar os hospitais do país para um eventual conflito militar.
Ela declarou que "a ameaça militar que a Rússia representa para a Europa e a possível retirada do novo presidente dos EUA, Donald Trump, da parceria de segurança anterior também significam que é necessária uma ação abrangente por parte do sistema de saúde alemão e de toda a sociedade civil".

A ministra afirmou que o simples aumento do contingente das Forças Armadas não seria suficiente para resolver adequadamente os desafios que o país supostamente enfrenta.
Por isso, defendeu a criação de um "plano operacional civil alemão" abrangente, projetado para responder a uma ampla gama de emergências, incluindo uma eventual agressão militar.
Segundo Gerlach, o sistema de saúde alemão deve estar preparado para atender mais de 80 milhões de civis e soldados feridos.
"O Estado deve estabelecer padrões claros. Isso se aplica ao nível da União Europeia, ao nível federal e ao nível regional", disse ao jornal. Ela também destacou a necessidade de Alemanha e UE garantirem a produção interna de todos os medicamentos essenciais.
Diante da possibilidade de escassez de profissionais de saúde em um cenário de grande conflito militar, Gerlach sugeriu que o governo alemão introduza o serviço civil obrigatório junto com o alistamento militar.
- Moscou nega categoricamente ter planos de atacar a OTAN ou países da União Europeia e critica a militarização do bloco, argumentando que isso eleva as tensões e dificulta os esforços de paz na Ucrânia.