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Ucrânia insiste em entrar na OTAN, mesmo com recusa norte-americana

O ministro das Relações Exteriores ucraniano indicou que a adesão da Ucrânia à OTAN "não pode ser retirada da agenda".
Ucrânia insiste em entrar na OTAN, mesmo com recusa norte-americanaSTR

A Ucrânia continua a defender a importância de sua entrada na OTAN, mesmo diante da oposição dos Estados Unidos e de outros países da aliança, que relutam em aceitar Kiev como membro do bloco militar. O ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrei Sibiga, em uma entrevista à RBC-Ucrânia, destacou que o ingresso na OTAN é a principal garantia de segurança para o seu país.

"A OTAN não pode ser retirada da agenda", declarou, respondendo à pergunta sobre quais garantias de segurança a Ucrânia deseja receber de seus aliados. Ele reconheceu que atualmente "não há consenso" entre os membros da organização militar sobre a possível adesão ucraniana, mas ressaltou que a busca pela entrada no bloco "está prevista na Constituição da Ucrânia, é a escolha estratégica do povo ucraniano e a garantia mais eficaz de segurança para o país".

"Nenhum país tem o direito de veto sobre a decisão do povo ucraniano, sobre a decisão da Ucrânia de participar de determinadas alianças. Seja a União Europeia, seja a OTAN", declarou o chanceler, referindo-se à resistência dos EUA em relação ao ingresso da Ucrânia na aliança militar. Ao mesmo tempo, o funcionário assegurou que as patrulhas aéreas, o uso dos esquadrões aéreos e dos sistemas de defesa aérea de seus aliados ocidentais também podem servir como garantias de segurança para o país.

  • No final de fevereiro, Donald Trump declarou que a Ucrânia pode se esquecer da OTAN. "Eles podem esquecer a OTAN.  Acho que provavelmente foi por isso que tudo começou", sustentou o mandatário.
  • Na semana passada, Mike Waltz, assessor de Segurança Nacional de Trump, destacou que "uma via permanente para a OTAN, ou um ingresso como membro permanente para a Ucrânia, é incrívelmente improvável". "Isto não vem apenas dos EUA, mas também de vários outros países", apontou.