Steve Witkoff, enviado especial do presidente dos EUA, revelou mais detalhes de sua reunião com o presidente russo Vladimir Putin, e afirmou que a conversa foi "positiva".
Em uma entrevista à emissora CNN, Witkoff disse que Washington espera passar para a próxima etapa das negociações com a Rússia.
"O presidente Putin foi muito, muito flexível [...] e isso foi um sinal para o presidente Trump de que ele quer que esse acordo seja concretizado", disse Witkoff. "Assim como o presidente [Trump], sou otimista e estou confiante de que podemos construir algo muito rapidamente", resumiu.
Ao comentar sobre a origem do conflito, enfatizou que a Rússia não pode ser responsabilizada sozinha:
"Isso foi provocado e não significa necessariamente que tenha sido provocado pelos russos. Na época, houve todos os tipos de conversas sobre a adesão da Ucrânia à OTAN. Ela praticamente se tornou uma ameaça para os russos".
Em uma resposta às avaliações daqueles que veem o presidente russo como um obstáculo para as negociações, Witkoff declarou que "ele indicou que aceita a filosofia do presidente Trump", que, por sua vez, "quer pôr um fim a isso [conflito]".
Ele também afirmou que, embora ainda haja muito a ser discutido, ele estava convencido de que Putin e Trump "terão uma discussão muito boa e positiva na próxima semana".
Quanto aos pontos que estão sendo levantados nas conversas com as partes envolvidas e interessadas, Witkoff se referiu à questão das concessões territoriais: "O caminho para a paz", disse ele, "são as concessões e a construção de consenso. E acho que vocês verão um resultado muito bem-sucedido aqui".
A esse respeito, vale lembrar que a Rússia comentou repetidamente sobre a recusa do líder do regime de Kiev, Vladimir Zelensky, em reconhecer a perda de territórios após qualquer conversa.
"Crimeia, Sevastopol, Kherson, Zaporozhie, Donetsk, Lugansk são regiões da Rússia. Elas estão inscritas na Constituição. Isso é um fato", disse o porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov.