Governo de Milei anuncia novo corte e demissão de 600 funcionários públicos

O Ministério do Capital Humano da Argentina informou na segunda-feira que fechará 59 Centros de Referência (CDR), alegando que eles "atualmente funcionam como porões da política e esconderijos militantes" e que seu fechamento permitirá ao Estado economizar 5 bilhões de pesos argentinos (cerca de 5,92 milhões de dólares).

Os Centros em questão funcionam como lugares em que são fornecidas informações e assistências sobre políticas públicas, com o autodeclarado objetivo de "assessorar os cidadãos" e "facilitar o acesso a diferentes programas, serviços e treinamentos".

"Como resultado da auditoria interna que está sendo realizada pelo Poder Executivo desde 10 de dezembro, foi determinado que os centros mencionados recebiam poucas consultas por dia e, na maioria dos casos, não realizavam a resolução do procedimento, apenas encaminhavam", diz um comunicado divulgado pela organização em sua conta X.

O texto também denuncia que "durante as visitas realizadas pela equipe do Ministério do Capital Humano durante o horário de trabalho, foi revelada a ausência de mais da metade da equipe", o que representaria um "exemplo evidente de burocracia e ineficiência estatal".

Em contrapartida, o Executivo liderado por Javier Milei anunciou a substituição dos CDR por "procedimentos digitais", com o objetivo de "economizar, modernizar e melhorar a eficiência do sistema", ao que se somará a ativação de uma linha telefônica que atenderá os assuntos sob a responsabilidade da Secretaria Nacional de Infância, Adolescência e Família.

De acordo com as estimativas governamentais, a demissão dos mais de 600 trabalhadores atribuídos às listas dos Centros significará uma economia equivalente a cerca de 4,73 milhões de dólares, enquanto a eliminação dos custos de aluguel equivale a mais de 104 mil dólares, e a economia de transferências em 50 veículos oficiais equivale a outros 23.700 dólares.