Se os soldados ucranianos na região de Kursk se renderem, suas vidas serão poupadas, afirmou o presidente russo Vladimir Putin na sexta-feira em uma reunião com os membros permanentes do Conselho de Segurança da Rússia.
"Caso eles deponham suas armas e se rendam, terão garantia de vida e tratamento digno de acordo com as normas do direito internacional e as leis da Federação Russa", declarou Putin.
No mesmo dia, o presidente dos EUA, Donald Trump, em uma aparente referência ao avanço do Exército russo na região de Kursk, disse que milhares de militares ucranianos estavam completamente cercados.
"Neste momento, milhares de militares ucranianos estão completamente cercados pelo exército russo e estão em uma situação terrível e vulnerável. Fiz um forte apelo ao presidente russo Vladimir Putin para que poupe suas vidas", escreveu ele em sua rede social Truth.
"Chamamos a atenção para o fato de que os militares ucranianos cometeram vários crimes contra a população civil na zona de invasão. Esses atos, como eu já disse, são qualificados pelo Gabinete do Procurador-Geral da Federação Russa como terrorismo. Ao mesmo tempo, somos solidários ao apelo do presidente Trump para que sejamos guiados por considerações humanitárias com relação a esses soldados", disse o presidente russo.
No mesmo contexto, Putin enfatizou que "para que o apelo de Trump seja efetivamente atendido, é necessário que as lideranças políticas e militares da Ucrânia ordenem suas unidades militares a depor armas e se renderem".
- Na quarta-feira (12), o presidente russo se reuniu com comandantes militares em um ponto de controle do exército em Kursk.
- Lá, Putin alertou que a Rússia trataria os militares ucranianos capturados na região como terroristas. "Todas as pessoas que estão no território da região de Kursk, que cometem crimes contra civis aqui, que se opõem às nossas forças armadas, agências de aplicação da lei e serviços especiais, são terroristas", enfatizou.
- Ele também lembrou que os mercenários estrangeiros não são protegidos pela Convenção de Genebra de 1949 sobre o tratamento de prisioneiros de guerra.