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Influenciadora gera polêmica contra homens 'do norte global' que 'preferem latinas'

A preferência das mulheres latinas por homens brancos tem sido amplamente criticada nos últimos tempos pois reforça um estereótipo de submissão e incentiva a dominação masculina.
Influenciadora gera polêmica contra homens 'do norte global' que 'preferem latinas'Tiktok / Canelasinfiltro

A influenciadora colombiana Laura Bayona, conhecida nas redes sociais como Canela Sin Filtros, lançou uma reflexão que já se tornou viral sobre os homens "do norte global" que buscam mulheres latinas como esposas.

Sua análise surgiu após a publicação de um vídeo em que um homem canadense, ao ser entrevistado na rua, afirma preferir mulheres latinas porque "os papéis mais tradicionais, masculinos e femininos, são mais predominantes na América Latina".

Em seu vídeo, Bayona analisa os argumentos do homem e sugere que eles são uma ''red flag'' (mau sinal). "Essa pessoa não está procurando outro ser humano para crescer e construir, ela está procurando um relacionamento baseado em poder, controle e desigualdade estrutural", argumenta.

A influenciadora considera que o fato de alguns homens preferirem mulheres que assumem papéis tradicionais de gênero se dá pelo fato de eles não estarem procurando uma parceira com autonomia, mas "alguém que se adapte à sua visão patriarcal de feminilidade, submissa".

O homem do vídeo analisado relata sua experiência pessoal com uma mulher criada em Manrique, Colômbia. Ele descreve o local como uma área muito pobre e diz que sua parceira era uma pessoa que "não esperava nada" e "sempre trabalhou duro por tudo".

Bayona observou que, nesses casos, os homens sempre procuram "mulheres muito jovens em uma situação econômica complexa". "A diferença de idade e de recursos lhes dá um poder desproporcional dentro do relacionamento, o que pode acabar em dinâmicas de controle, abuso ou dependência forçada", alertou.

A preferência das mulheres latinas por homens brancos é uma questão que tem sido amplamente criticada nos últimos tempos, pois reforça um estereótipo de submissão que incentiva a dominação masculina.

"Este tipo de homens não estão interessados em nossa cultura, nossa história ou mesmo nossa personalidade, mas sim em que cumpramos um papel de servidão sexual, doméstica e emocional sem questionamentos", conclui Bayona.